domingo, 30 de dezembro de 2012

Presente de Yara Yagi

 

      Lindo presentinho  criado pela Yara Yagi. Ela compartilha gentilmente o diagrama do presente no lindo  blog dela. Ele desperta o interesse de quem o observa pela simplicidade e genealidade dos detalhes: Um laço que é um coração. Na minha opinião quando damos um presente, ele deve levar consigo o a principal  mensagem: Gosto de você. Deveria ser uma forma de mostrar à pessoa que você a  valoriza e expresso seu  carinho por ela. Há muitos tipos de presentes.Presentes podem ser surpreendentes, alegres, pequenos ou grandes. Ás vezes o  não agradam.
     Este  ano de 2012 recebi vários presentes em forma de pessoas. Pessoas de vários lugares diferentes no mundo.De várias idades e pensamentos.Falo de amizades novas e bacanas. A todas estas  pessoas maravilhosas dedico este texto que achei na internet.



Pessoas São presentes de Deus


As pessoas são presentes de Deus para mim.Já vêm embrulhados, alguns lindamente  e outros de modo menos atraente. Alguns danificados no correio; outros vem por "entrega especial"; alguns são desarmados: outros hermeticamente fechados.

Mas o presente não é caixa e sim o que está dentro dela - esta é uma importante descoberta.É tão fácil cometer um erro a esse respeito! Julgar o conteúdo pela aparência... 

Às vezes, o presente é aberto com facilidade: às vezes é preciso de ajuda. Talvez porque tenham medo. Talvez porque já tenham sido magoados antes e, não queiram ser magoados de novo.Pode ser que já tenham sido abertos e depois jogados fora.Pode ser que agora se sintam mais como "coisas" do que "pessoas humanas"...

Sou uma pessoa como todas as outras,também sou um presente.Deus encheu-me de uma bondade que é só minha.E contudo, às vezes tenho medo de olhar dentro da minha caixa.Talvez eu tenha medo de me desapontar...Talvez eu não confie em meu próprio conteúdo. Ou pode ser que eu nunca tenha realmente aceitado o presente que sou.

Todo encontro e relacionamento é uma troca de presentes...O meu presente sou eu; a seu presente é você.Somos presentes um para o outro...

Achei o texto aqui.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Broto da primavera de Abu




       Há um tempo atrás saí num passeio com meus parentes que gostam muito de águas de lagoas. Sempre levo a máquina fotográfica, pois gosto de registrar a natureza e seus deslumbres. Sentamos debaixo de imenso pé de Jatobá. No meio do caminho,  acidentalmente encontrei um broto. Bem diferente, pois os cotilédones  eram grandes se comparados aos de um feijão. Denunciavam bem que árvore ele seria depois de crescido: Um Jatobá. Fiquei encantada com um  broto e desprezando os comentários dos observadores críticos, o fotografei  bastante. Eu não voltaria àquele local provavelmente e se  caso acontecesse tudo seria diferente, pois ele cresceria assumindo a forma de muda. Nenhum dia é igual ao outro. Tudo muda a todo instante e quem fotografa, mesmo que de forma amadora como eu,  sabe que o momento pode ser único.
    O que mais me impressionou foi saber que aquela aparência simplória no solo se transformaria em uma árvore de porte grande com frutos terapêuticos e exóticos. Apenas sobrevivendo graças a luz solar, terra, temperatura, orvalho e chuvas me ensinava uma valiosa lição sobre o revigorar da vida.
     Lembrei-me dele agora, porque .Ano Novo  é um período maravilhoso para revermos nossas vidas. E eu como milhares de pessoas no mundo, analisei meus objetivos, projetos e metas nestes dias. E então fazemos um balanço geral dos acontecimentos. Entendemos se o saldo foi positivo ou não.Alguns abjetivos alcançados, uns na metade do caminho e os que nem saíram do papel. E outros que irão definitivamente para a lata de lixo.
      É momento de reflexão. De nascimento de ideias que revolucionam e da esperança que nutre a alma.
As grandes realizações que nascem do sonho.Não o contemplativo apenas, mas aquele que te faz mover e derrubando muralhas até abraçar o alvo ambicionado.Fruto da vontade persistente é aquele que te traz a dança da vitória ao seu corpo e o louvor aos seus lábios. Sonhos são como semente. Alguns caem em terra boa  e em condições perfeitas para crescimento nem precisam de assistência contínua do cultivo.São exceções. Para a maioria das grandes realizações é necessário labuta. O sucesso quase sempre é antecedido e trabalho árduo, e se assim não o for não damos o devido valor. Entretanto em ambas situações jamais esquecer que para a semente trazer ao mundo a luz de seu resultado, alguns elementos são essenciais: A luz solar, terra  e água. O crescimento dela ou seu falecimento também dependem de outros fatores como cuidado ou a qualidade da terra. Então dedicação e interesse, amor, persistência se tornam ingredientes substanciais. As sementes geram vida e diversidade.
       Desejo a todos em 2013 que sonhem muito, mas com os pés no chão. Que lutem e que vençam suas batalhas interiores.Que as sementes que vocês plantarem vinguem e se tornem árvores frutíferas.
     Eu me encantei com este broto da primavera que achei passeando pelas páginas na internet. Lindo e simples ele sensibiliza com sua simplicidade.O autor segundo a página que encontrei é Abu. Só encontrei esta única referência. Quem quiser dobrá-lo, deixo as páginas onde o encontrei aqui ou aqui. O papel é 1: 2. A figura era pequena, então ampliei no computador para estudar o diagrama.Espero que ela transmita a todos que o contemplarem vida,esperança, paz, alegria e revitalização.




terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Gatinha de Fernando Gilgado



         Linda gatinha  manhosa!.Usei papel sanduíche 40 por 40 cm. O diagrama pode ser solicitado ao autor Fernando Gilgado.Para uma primeira dobra, achei que ficou boa.A gatinha vai viajar e morar com alguém que ama os bichanos.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Origami final




       Particpar de desafios de origamis  é uma  atividade para mim bastante prazerosa. O ser humano precisa de motivações para tornar a vida mais interessante e auto-desafiar-se com a execução de uma tarefa que desperta a  capacidade, às vezes latente.Todos nós somos capazes. A grande diferença entre umas e outras pessoas é que algumas acreditam e vão à luta. As grandes oportunidades sempre existem, porém se não estivermos sensíveis a presença delas, simplesmente não conseguimos identificá-las e nem nos apropriaremos  dos benefícios dela..O pior sentimento que já experimentei foi o arrependimento de não ter feito algo em tempo hábil e no momento certo
      Desafios de origami são oportunidades ricas para quem gosta desta arte.É uma chance para a troca informações sobre um determinado diagrama. Muita gente não entende que chegar a metade do que foi proposto é avançar e crescer.
        Gostei do desafio 2012, porque a proposta era bem diferente dos outros  que já participei. Escrever as memórias sobre a arte na minha vida, me fez lembrar dos detalhes de uma infância rica em brincadeiras. Recordei dos primeiros passos no mundo da arte, como desenho, pintura e dobradura. O que faltou neste desafio foi mesmo um espaçamento maior das atividades propostas.Já estou habituada a muitas demandas, porém achei que um período do fim de ano tumultuado fato  atrapalhou bastante a participação de muita gente. Sugiro um período onde as pessoas estejam mais relaxadas e dispostas.Espero participar do próximo , espero  que os tópicos para o ano de 2013  sejam diferentes e criativos.
         2012 foi para mim um ano trabalhoso. No emprego, que obsorveu muita da minha energia.Em termos de origami, tive que moderar muito e dobrei  pouco, mas entrei em contato com muita gente bacana. Foi um ano que me voltei para os origamis simples e que pude ensiná-los e outras diversas técnicas  para meu alunos. Quem quiser dar uma olhadinha eu fiz um bloguinho para que interagir melhor com os meninos e outros professores. Eles não comentam no blog, mas me dão retorno na escola.Gostam muito de ver a foto dos trabalhos.
         Em 2013 pretendo finalizar as dobras que ficaram  por quase terminar. Então terei que priorizar mais  tempo para elas.Acredito que as postagens serão mais exporádicas.Cultivar e retomar atividades que tornam minha vida mais alegre, eficiente, agradável e bem sucedida.Ter uma boa autoestima, cuidar da alimentação, fazer exercícios físicos e arejar a cabeça ajudam bastante na hora de produzir arte.Nada de me sobrecarregar com demandas exageradas.Organizar melhor minha casa e mantê-la assim. Conhecer pessoas interessantes.Praticar o lazer enfim nada muito mirabulante, pequenas coisas que dão uma guinada na vida de alguém.
        Ao contrário da minha tia as cobras não são meus animais favoritos.Ela as admira e sabe profundamente sobre os hábitos delas. Dobrei um origami que achei o diagrama há um bom tempo na internet.Usei um papel para origami verde, mas infelizmente de qualidade questionável. Tamanho 21 po 21 cm.O autor não sei quem é.Que 2013 seja um ano cheio de vitórias para todos!









Meu estilo preferido



       Outra pergunta difícil de ser respondida é esta: Qual o seu estilo favorito?Não sou uma pessoa arbitrária na questão de estilos de origami. A arte com papel é bem acessível a todos.Não discrimino  o kirgami , quiling, papercraft e nem  os modelos com corte e com módulos e outras variantes.Todo radicalismo tem sua faceta negativa e aceitar e compreender a função das variantes na "pairoarte" me torna um ser mais esclarecido.
      Tive a oportunidade de experienciar um pouco todas. Quando se é professora aprendemos o valor do corte, da cola, da montagem, dos papéis de propaganda que podem resultar em reciclados lindíssimos. Eu sem parcimônia uso tudo na sala de aula. Especificando mais sobre o origami, dobrei módulos do  kusudama Electra. Na época peguei um livro na biblioteca.Com o tempo o acesso à internet se tornou acessível e  baixava tudo sobre o assunto. Resumindo depois que participei do grupo Origami Beagá, pude me deparar com outras técnicas de origamistas mais experiêntes.No meu caso, mais observava e ouvia  que praticava. Conheci várias técnicas como Box Pleating e wet folding outras. Até ousei em cps muito simples.São técnicas que demandam estudo e lugar bacana para dobrar. Erro, acerto e persistência. Pretendo priorizar mais espaço para elas na minha vida, apenas para satisfação pessoal.
          Origami 3D, eu ainda não o fiz. Apenas admiro a capacidade das pessoas de combinar bem as cores e módulos e formam origamis muito bonitos.O  3D é muito importante para as terapias de cura.Por isso é muito usado nas prisões, ambulatórios e grupos diferenciados.Muita gente desenvolve a paciência, concentração e relaxamento.Ele existe e exerce uma função muito nobre para os grupos que mencionei. Este fato o iguala as grandes dobras do figurativo.O que há por aí é muito preconceito, ridicularizando o estilo. A arte tem a função de romper barreiras como a do preconceito.Temos que abrir a mente e entender que as variantes não existem por acaso.Entendo quer o negócio é dobrar aos poucos os módulos. Pode-se fazer a dobragem sem tempo determinado e depois montar quando o número de módulos for suficiente. Tenho dois em casa, que recebi de presente de dois amigos. Fico a admirar e a imagino como são feitas aquelas combinações.Um dia eu investirei neste estilo.
        Ainda perambulo por muitos estilos. Porém mudamos a todo instante e hoje aprecio bastante o figurativo. Eu acho belas as figuras criadas.Ao ler os diagramas, me deparo comcomandos diferentes que me trazem ampliação de conhecimento.Ás vezes finalizar uma dobra mais atrevida do diagrama é muito satisfatório.  Bacana as variedades de interpretações dadas a um mesmo diagrama. Até as cores escolhidas e a forma como se fotografa a dobra,  torna tudo mágico e agradável aos olhos.
         Há autores para todos os gostos e todos os níveis, mas os que eu mais gosto no momento são os seguintes: Jun Maekawa, Fernando Gilgado, Komatsu Hideo, Hojyo Takashi, Artur Biernacki e Roman Diaz Aprecio também o trabalho participantes do  site Neorigami, os artistas do VOG tantos outros que encheriam está página só em citações. Só sinto falta dos origamistas brasileiros.Uma grande lacuna quase vazia...Grande discussão que não cabe a este texto.
         Dobrei um gatinho simples com papel sulfite 21 po 21 cm. A autoria ainda não achei, pois por um bom tempo juntava diagramas e prometia a mim mesma dobrá-los.Selecionei e doei muitos para um aluno aprendiz..De uma caixa gigante cheia de papel surgiu o gatinho, mas sem referências de autor. Dobrei meio às pressas. Simples e adorável.
      Pretendo continuar. Não importo muito com o ritmo ou se fulano ou ciclano está dobrando demais.Conheço bem minhas limitações, todavia  acredito em  possibilidades infinitas. Então prossigo. Os desafios estão por todas partes. Cabe a nós escolhermos os melhores ou enfrentar e superá-los. Torná-los realidade, pois a vida é bela, entretanto breve.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Algumas dicas que podem ser úteis

           Diante deste tema, pensei bastante mesmo se estaria apta para sugerir dicas úteis na prática do origami. Não sou tão experiente como consta no imaginário das pessoas. Lógico que percebo que muita coisa  só se desenvolveu na minha vida, em relação ao origami, devido a  prática e persistência. Evoluíindo do mais simples para o mais estruturado.Ainda há muita coisa para aprender. A questão é promover a oportunidade.Talvez estas dicas sejam interessantes para alguém, então com este propósito já valeu a pena tê-las escrito.
          Primeira: Conhecer os símbolos das dobras é essencial e fundamental para quem deseja dobrar intermediários, avançados ou complexos. São fáceis de serem encontrados na internet.e aparecem na introdução de muitos livros. E graças a democratização do conhecimento, há muitos vídeos ensinado como dobrar open sink, closed sink, squash fold e outras.
         Segunda: Antes de começar o projeto, dar uma olhada bem detalhada no diagrama.Visualizar panorâmicamente nos possibilita entender o caminho a ser percorrido. Facilidades e dificuldades. Nos figurativos  vejo que dobras das pernas, asas, patas e outros  se repetem dos dois lados. Acho mais prático tentar dobrá-las simultaneamente. Acho cansativo fazer do 25 ao 42 e depois repetir tudo de novo como num espelho.Executando os dois lados economizo tempo e evito aborrecimentos errando a dobra.
          Terceira: Conhecer sobre a estrutura dos papéis como a gramatura, tamanho adequado para o modelo escolhido, as cores apropriadas para um determinado modelo, fato que pode ser bem pessoal. Conhecer a técnicas usadas por origamistas mais experiêntes como  confeccionar o famoso papel sanduíche. Tissue foil ou double tissue. Pesquisar e entender sobre tingimentos e texturas.
            Quarta: Trocar informações com os amigos ou pessoas dispostas a ajudá-lo.Entendo que por mais experiênte seja o amante das dobras de papel, sempre há algo novo a ser aprendido. Muita gente sabe muito. O que adianta se sentir um mestre superior do origami e  viver enclausurado no seu reino mágico da arrogância. Saber um universo e não dividir nada com ninguém.Tal atitude  torna a vivência de uma pessoa pobre, mesmo que ela não perceba. Pessoas com a genialidade de  Satoshi Kamiya, existem poucas no mundo, então a solução para os mortais é ler muito sobre as técnicas dos especialistas e mestres. Investigar, trocar informações com os colegas. Ousar. Errar e acertar sempre com atitudes positivas. Sobretudo a pessoa deve gostar do que faz e saber que o produto de seu esforço gera nos espectadores surpresa, alegria, boa autoestima, espanto e sucesso.

                              Este texto faz parte do Desafio 2012 - Dicas úteis 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Segment de Wilma Besamusca


             Simples e bela esta mandalinha é formada por oito partes semelhantes.Usei papel japonês para origami 5 por 5 cm. Simpáticas mandalinhas viajaram para novos donos, pois são presentes. Transformaram-se em imãs de geladeira. Autora é Wilma Besamusca e o diagrama está disponibilizado aqui.



sábado, 15 de dezembro de 2012

Por que eu blogo sobre origami

         
            A arte de  blogar entrou na minha vida há pouco tempo.Sempre reservava um tempinho para olhar na internet várias páginas que me deslumbravam com fotos maravilhosas, explicações sobre autores, técnicas diversas  e origamis variados. Com o incentivo de alguns amigos que sempre me sugeriam criar um blog para dividir com todos a beleza, alegrias, frustrações ou sucesso  no mundo das dobras. Por que não fazê-lo? Blogs precisam de cuidados e assistência contínua.São como os seres vivos, pois nascem, crescem, desenvolvem e morrem se não tiverem os devidos cuidados. Sabia que teria que dedicar tempo ao projeto. Nutrir os laços com os amigos e é lógico cuidar do  que seria exposto nas páginas. Não entendia nada sobre o assunto. Sentar em frente ao computador e ler durante horas sobre o assunto, seria inviável para quem sempre tem 300 provas ou trabalhinhos de escola para corrigir ou planos de aula a serem excutados. Onde buscar  informações ou criar oportunidades para acessá-las? Esperei um pouco.
          O universo conspirou de novo a favor da realização desse projeto. No ano de 2011, conheci uma colega na escola que possuia três blogs de assuntos diferentes. Expus a ela minha vontade de criar um. Ela foi bastante solidária comigo e me ensinou o básico. As informações mais profundas eu busquei depois nas páginas-tutoriais. Aliás encontrei muitas bem informativas..
             Escolhi um nome para o blog que é um neologismo resultante da associação de dois radicais de significados bem conhecidos. Papiro relacionado a papéis e seu uso diversificado. E meta porque quis que o significado estivesse ligado mesmo a origem do radical grego: Transformação. Meta também relacionado ao fato da conquista e do algo bem sucedido.Ambição principal de que meu blog trouxesse encantamento as pessoas.Achei que postaria a história do origami, vida dos autores e tutoriais. Acho isso tudo bacana num blog, mas a vida segue seu curso... Optei por registrar acontecimentos do meu cotidiano.Do meu estado de espírito, das minhas experiênciais pessoais ou simplesmente  do que me é possível executar.Hoje é um estímulo para ainda se dobrar alguma coisa. Elogiar e apreciar os trabalhos dos amigos origamistas e criadores também é uma imensa satisfação. Aprendo muito lendo e observando.
           Antes dobrava por causa de um desafio proposto por alguém ou por uma data comemorativa. Hoje pelo que desperta meu interesse. Acho importante dar mérito a quem criou. Então tenho dividido com as pessoas experiências exitosas sobre a arte que a cada dia aprendo gostar mais.
         Há várias postagens muito belass no blog.Escolhi algumas que falam de minhas experiências pessoais projetadas no mundo do origami.O cachorro fazendo cocô me recorda um ser maravilhoso, amigo e companheiro que iluminou minha vivência adolescente.Uma cadelinha vira-lata, mas de interior nobre. A segunda opção me sensibilizou pela dádiva de coração feita por um jovem aprendiz. A terceira pela linda homenagem que o origamista francês Barth Dukan fez a mim. Ele sempre homenageia os amigos. E no meu caso com singelas e  lindas flores de origami.Sempre o agradeço de coração.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Outro Papai Noel



               A figura do Papai Noel ainda encanta adultos e crianças.Achei um outro bem bonitinho na internet. Autor eu não sei quem é, pois quem o disponibilizou não fez referência. Usei papel coreano 12 por 12 cm. Quem desejar dobrá-lo o diagrama está aqui.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Por que compartilhar origamis?

Mãos do aluno Jonata Souza  ( 6º ano B), que sorridente recebeu um líro.
         
             Origamis são como coelhos.Nas mãos talentosas e persistêntes, eles se multiplicam incrivelmente. Depois que a pessoa toma gosto pela arte, não deseja mais parar. Guardei  alguns, que no início eram apenas marcos da minha aprendizagem. Preciosos registros. Conservá-los era necessário. Uma satisfação imensa apreciar e amá-los como troféus de pequenas e contínuas conquistas. Percebi com o tempo que a quantidade deles aumentou e dominou todos os espaços  da casa. Estavam em cima da televisão, na estante, no rack, na geladeira como porta-recados, atrás da porta de entrada, além dos kusudamas dependurados e até no banheiro! A casa já não cabia de papel dobrado. Antes de decidir pela distribuíção, eu resistir bravamente.
            Comprei conteineres.Vários. Enchi três, seguindo a sugestão e o modelo de um amigo dobrandor da época. Depois ele convidou a mim e a uma amiga para conhecer a organização dos guardados dele. Aceitei, pois poderia ser uma solução para pôr ordem nos papéis na minha casa. O sujeito conseguiu encher 20 contêineres!!! Todos vasilhames de plástico repletos de dobraduras e aglomerados num dos quartos do apartamento!!! Quanta energia parada! Perplexa e boquiaberta perguntei a ele como achava algum a dobra de preferência e ele me disse  não estabeleceu critérios para buscas.Quando precisava de algo, simplesmente tinha que sair procurando naquela miscelânea de papel dobrado.Era como procurar agulha em palheiro.Centenas de objetos dobrados em embalagens plásticas. Tudo envelhecendo e totalmente desorganizado!!! Depois disso fiz minha avaliação pessoal sobre o episódio e decidi definitivamente que precisava diminuir a papelada, que estava caminhando para um quarto vasilhame  lotado de papel.
            A parte mais difícil da tarefa: O desapego. Não foi fácil. Abdicar do que se ama é doloroso. Antes de colocá-los lá, olhei bem para cada um que passou nas minhas mãos. Bom pode parecer bobagem para muita gente, mas agradeci a alegria que  me proporcionaram individualmente. Através desse ritual, entendi que alegrariam a vida de outros seres humanos.Como separar as dobras para doação? Peguei sacos plásticos transparentes, pois precisava ver o que iria embora.Um deles eu coloquei as doações definitivas. O outro eu coloquei dobras inacabadas. E um terceiro e menor, os poucos que ficariam como presentes e complexos.
           Uma vida com menos objetos visualizados e acumulados é  menos cansativa. Compartilhar sem medo de ser feliz proporciona  mais espaço e evita o acúmulo de pó. A primeira grande  doação que fiz foi na escola em que trabalhava. Na realidade ia doar para os meninos, mas na sala dos professores a maioria da sacola de "oris" ganhou um destino. A segunda leva virou sorteio para os alunos. Engraçado é aquilo que a gente julga pequeno e insignificante, pode ser deslumbrante aos olhos de quem recebe.Num reencontro recente alguém que ganhou uma peça dobrada por mim, e que  para minha surpresa tinha o bichinho  guardadinho em caixinha transparente! Há aqueles também que não dão muita atenção e jogam fora. O objeto atirado no chão encontra rapidinho um novo dono.Eu entendo a atitude e não julgo. Recentemente doei  para Beth os modelos recentes de Papai Noel. Ela  muito satisfeita enfeitou a árvore de Natal com eles.Dei um dente amarelo e um gatinho para o JonatanVinícius (aluno 9 ano B) e um lírio para o Jonata Souza.Sempre faço doações.
             Cada um tem sua concepção própria do que seja compartilhar. Para mim de todas as contribuições que tenho feito, a mais significativa tem sido ensinar pequenas dobras aos meus alunos e as pessoas interessadas. Possibilitar outras pessoas o acesso ao conhecimento e prática  do origami e kirigami me fez sentir útil e significativa. Finalizar um origami, mesmo que simples produz um efeito positivo na autoestima dos meninos. Como divulga um  certo comercial é algo que dinheiro nenhum paga.

Doações Para Beth, Jonatan e Jonata Souza.
Algumas atividades  que desenvolvi em 2012 com alunos e pessoas interessadas:
 Anéis
 Papai Noel
Fantoches


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Barquinho tradicional


            Os barquinhos de papel sempre estiveram presentes na minha infância. Apesar disto, durante aquele período da minha vida nunca dobrei nenhum. Havia uma moça que trabalhava na minha casa cuidando de mim e de minha irmã. Dobrava coisas simples para que nós nos distraíssemos.Lembro-me bem de dias chuvosos em que não dava para brincar na rua ou no terreiro.Então ela fazia um monte de barquinhos. Depois que a chuva parava, íamos para o passeio da rua soltar os barcos na  enxurrada . Eu achava o máximo ver os barquinhos descerem desorientados pelas águas  caudalosas e depois sumirem na esquina.Pedi a ela para me ensinar, mas eu era bem pequena e minha coordenação motora pouco dersenvolvida. Começava  e parava  na metade. Depois ele que era terminado pela babá.
             Anos depois já na primeira série o barquinho reapareceu para minha alegria e tristeza.  Pedia a todos que sabiam para me ensinar. Do barquinho, o pessoal fazia um chapéu.Quem sabia não ensinava.Saber algo que os outros nem sonhavam como começar era uma forma de se sobressair e destacar na turma.Ninguém na minha família dobrava nada.Fiquei mesmo a ver navios e sem chapéu.Esqueci das dobras por muito tempo. Origami não era um ensinamento muito difundido naquela época.
                 Há uns seis anos atrás, o mundo das dobras deu seu sinal existencial para mim.Uma reportagem rápida sobre a arte na televisão.A apresentadora pediu para os telespectadores pegarem um quadrado de papel, pois a instrutora ensinaria uma borboleta.Peguei o papel. Fiz as duas primeiras dobras.A mulher terminou a dobra tão rapidamente que eu me assustei. Peguei o telefone da dona. Liguei interminavelmente para o número e nada.Só sei que aquela borboletinha despertou em mim uma vontade louca de aprender de qualquer forma.O universo conspirou ao meu favor, pois num jornalzinho infantil vi o diagrama do tsuru.Segui aquele diagrama e persisti até conseguir abrir as asas do bicho.Senti uma sensação maravilhosa de realização e conquista ao ver meu primeiro tsuru.Entendo que a arte tem esta função na vida das pessoas.Dobro com o objetivo da construção de um ser humano melhor. Ensino aos meus alunos algumas dobras e entrego alguns diagramas para eles.Sempre vejo o brilho no olhar deles, quando terminam. O resultado é fabuloso.
               Hoje sempre vejo nas mãos dos meninos barquinhos. Apesar de saber que ela era simples, não ousava experimentá-la.Tinha um sentimento de amargura e de dever não cumprido ao vê-la. Resolvi romper essa barreira e registro hoje meu primeiro barquinho.Bem amarelinho vibrante em águas movimentadas! Terminá-lo expõe minha alegria e agradecimento a Deus pelo resgate de boas lembranças.






sábado, 1 de dezembro de 2012

Dente de Marc Kirschenbaum


            Olhando imagens na internet eu acabei encontrando um dentinho simpático.Lembrando que devemos ir ao dentista de seis em seis meses para manuntenção. Eu no início do ano passado havia colocado essa ação como uma das prioridades, porém não foi bem assim que aconteceu. Como assumi muitos afazeres e compromissos perdi a meta. Fim de ano é o momento em que fazemos a famosa listinha de realizações para o período vindouro.Serve também para aquele balanço geral sobre a vida, conquistas, realizações e também sobre as perdas.Agora um deles deu sinal dolorido. A dor tem seus ensinamentos.Sempre nos mostra que algo está errado ou na negligência. Estou cuidando desse assunto já.
                O dente foi dobrado com papel vegetal 18 po 18 cm.O autor é Marc  Kirschenbaum e há um vídeo produzido por Leyla Torres e com permissão do autor.
Vídeo: aqui